domingo, 28 de agosto de 2011

Pastor Alexandre Barroqueiro: A VISÃO DE DEUS SOBRE SUA IGREJA – PARTE 1 /4

Pastor Alexandre Barroqueiro: A VISÃO DE DEUS SOBRE SUA IGREJA – PARTE 1 /4: A forma que o homem vê a igreja é de suma importância, pois como ele imagina no seu coração assim será. Resta saber se o homem vê a igreja d...

A VISÃO DE DEUS SOBRE SUA IGREJA – PARTE 1 /4

A forma que o homem vê a igreja é de suma importância, pois como ele imagina no seu coração assim será. Resta saber se o homem vê a igreja da mesma forma que Deus. Por melhor que pareça minha visão sobre ela, se não estiver de acordo com os olhos de Deus, não passa de uma ilusão ótica a respeito da verdade.

Muitas pessoas têm uma visão distorcida sobre o papel, a natureza, o alvo e a esperança da igreja. Na verdade nem sabem do que tratam essas coisas. Alguns pensam na igreja como se fosse um clube social, onde vão para passar o tempo e bater papo nas rodinhas de café ou chá. Outros a vêem como um Teatro, onde a cada culto terá obrigatoriamente que ser recheado de artistas e novidades. Tem até coreografias! Não faltam aqueles que a imaginam como o grande barco que salvará aqueles que estiverem dentro dele. E ainda podemos mencionar o mal de achar que a igreja é o meio mais fácil de ganhar o mundo e suas riquezas. "Lá ficarei abastado", crêem os gananciosos mal informados.

Que grande responsabilidade assumem aqueles que desejam organizar uma igreja dentro do padrão bíblico! Os que isso pretende devem observar fielmente as figuras da igreja e compreendê-las como uma revelação de Deus sobre seu papel, sua natureza, seu alvo, e sua esperança neste mundo.

A Igreja vista como uma !Coluna? e !Esteio? da Verdade - (1Tm 3:15) "Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade."
Paulo chama a Igreja de coluna, ou seja, O SUPORTE, aquilo que deve sustentar a Verdade; Quando falamos da !Verdade? certamente estamos falando da Palavra de Deus, pois que é dito:?Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade." (Jô 17:17), e ainda, !A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre? (Sal 119:160) Temos a verdade sobre o pecado; sobre a redenção; sobre a santificação; sobre as ordenanças; sobre a igreja, etc.

As igrejas verdadeiras são a depositárias autênticas desses ensinamentos preciosos, e devem sustenta-los com toda firmeza;

Que peso de responsabilidade repousa sobre a igreja de Cristo: Preservar e difundir a verdade num mundo cheio de mentiras! A verdade só pode ser preservada neste mundo pelo ministério da Igreja.

Pensemos em como a verdade dá FORÇA e SEGURANÇA para aqueles que estão debaixo dela. Nada pode com a verdade senão a própria verdade. A verdade deu força e segurança aos apóstolos de enfrentarem os fariseus, os soldados e até os imperadores;

Um bom operário na construção civil sabe da importância de uma coluna quando ele está debaixo dela trabalhando. Assim será com os membros de uma igreja, sentir-se-ão dispostos e seguros por suas doutrinas verdadeiras. Mas que medo sentiria ele se soubesse que a coluna é falsa e pode ruir a qualquer momento?

Ser uma coluna e esteio foi o propósito de Deus para a vida de Jeremias, quando chamou-o de !coluna de ferro?. Jr 1:18-19. Ele estaria em posse da verdade de Deus, e muitos lutariam contra essa verdade. Como coluna ele iria sustentá-la, permanecer firme e inabalável no testemunho, e resistir até o fim! De fato, as páginas sagradas revelam a firmeza desse profeta e como foi realmente uma coluna no seu tempo, preferindo atolar-se na lama do calabouço a abrir mão da verdade de Deus para seu povo (Jr 37 e 38).

Duas condições são imprescindíveis para que a igreja seja coluna da verdade:

1. Precisa possuir essa verdade; Como pode uma instituição ser esteio da verdade se não a possui? Que adianta ter o nome de igreja e não possuir as características do evangelho? Muitas igrejas não possuem a verdade sobre o batismo, sobre a Ceia, sobre a Salvação pela Graça, etc.

2. Deve ser fiel e viver a essa verdade. Não adianta possuir a verdade se não queremos ser exatos na sua observância; Os talentos foram distribuídos a todos, mas houve fiéis e infiéis;

Que nossa coluna seja firme, e não se abale como a coluna dos filisteus, pois se assim acontecer, terá a mesma sorte daqueles incircuncisos.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O poder da Aliança para Deus. Parte 1

Os gibeonitas são vingados (2Sm 21.1-14)

A Paz de Cristo.
Pr. Alexandre Barroqueiro

Os gibeonitas viviam na Terra Prometida, muito tempo antes do período da conquista. Quando Israel atacou a Palestina, os gibeonitas enganaram os israelitas, e Josué propôs um acordo de paz com eles, impedindo legalmente Israel de fazer algum mal a eles (Js 9.14,15). Quando os israelitas descobriram o ardil, era tarde demais (Js 16-18). Então, os gibeonitas foram deixados vivos e passaram a servir em regime de escravidão “como lenhadores e carregadores de água”, para servir a comunidade de Israel e o altar de Deus (Js 9.20,21).
Apesar de não haver nenhum registro bíblico de como isso aconteceu, Saul e a sua família incitaram Israel contra os gibeonitas, levando muitos deles à morte. Por causa desse genocídio, o Senhor enviou o juízo, na forma de três anos de fome que assolou a Palestina nos dias de Davi (21.1,2).
Para reparar esse erro e aplacar a justa ira do Senhor contra Israel, Davi propôs um acordo com os gibeonitas, estes exigiram que sete descendentes de Saul fossem mortos. Após a execução do julgamento, as chuvas voltaram (v. 10) e Davi soube que Deus voltaria a responder as orações em favor da terra de Israel (v. 14).

Vamos ver outro ponto de vista deste estudo para complementar um entendimento


Vamos responder por partes. A comparação entre os versos 1 e 14 mostra que a razão da fome era indicar a Davi e ao povo de Israel que havia erro a ser sanado. Embora a Bíblia não mencione o fato em nenhum outro lugar, os versos 1 e 2 deixam claro que Saul havia promovido uma destruição dos gibeonitas. Com isso, quebrara uma aliança feita 400 anos antes, pois, no tempo de Josué, fora celebrado um acordo pelo qual os gibeonitas tinham direito de morar com o povo de Israel, desde que se submetessem aos trabalhos braçais. Ver Josué 9:3 a 27. Como Saul moveu a perseguição através do povo de Israel, a punição caiu sobre Davi e todo o povo. Curioso é que, no verso 1, Davi consultou o Senhor Deus para saber o motivo da punição, mas, no verso 3, Davi consultou os gibeonitas e não o Senhor para saber como conseguir o perdão. Talvez, se Davi tivesse dado chance, Deus teria resolvido a questão sem o enforcamento de sete judeus. O verso 4 dá a entender que não somente os israelitas haviam matado gibeonitas como haviam saqueado seus bens; mas, os gibeonitas não faziam questão do ressarcimento material, nem queriam matar outros judeus, apenas os descendentes diretos de Saul. Ao optarem pela pena de enforcamento, os gibeonitas decidiram fazer algo semelhante ao ocorrido em Números 25:4, quando a praga parou, após o suplício de alguns israelitas. Mas, a situação aqui era outra. A frase do verso 14: “Depois disto Deus Se tornou favorável para com a terra”, não significa que Davi seguiu o plano de Deus para a solução do problema; mas, simplesmente, Deus aceitou a sinceridade e a prontidão da parte de Davi.
Ou seja Davi detectou um erro dos israelitas através de Deus e tomou uma decisão para refazer a aliança, e como a aliança foi quebrada pelos israelitas e não pelos gibeonitas, justo que os mesmos fizessem as exigências para que a Aliança fosse refeita.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pecado e Perdão

"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." [Romanos 6:23].


Com base nas perguntas freqüentes feitas pelos leitores, parece que a doutrina bíblica do pecado não é bem compreendida por muitas pessoas atualmente. Alguns cristãos vivem aterrorizados com a possibilidade de perderem a salvação se caírem no pecado. Ao mesmo tempo, no outro extremo, alguns pensam que têm uma boa compreensão do assunto, mas mostram sua ignorância ao insistirem que é possível chegar ao ponto da "perfeição sem pecar" nesta vida. Ambos os extremos estão totalmente errados, conforme esperamos demonstrar com base na Palavra de Deus.
A definição do Novo Testamento do pecado deriva da palavra grega hamartia, que literalmente significa "errar o alvo". Podemos pensar nisso como qualquer falha em atingir o alvo estabelecido por Deus — a 'mosca' — a perfeição absoluta em pensamentos, palavras e ações! Ele é perfeição personificada e Sua santidade exige isso de qualquer um que queira comparecer à Sua presença. Portanto, onde isso nos deixa? Alguém seria tão descarado a ponto de afirmar que é perfeito e não peca? Amados, confio que todos os que estão lendo isto tenham um pouco mais de bom senso.
"Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós." [1 João 1:8].
Adão e Eva foram criados perfeitos em todos os aspectos e, aparentemente, receberam corpos glorificados exatamente como o que Jesus Cristo possui hoje. Vestidos de luz, eles foram colocados em um paraíso na Terra, chamado Éden e uma única proibição foi dada a eles — estavam proibidos de comer da "árvore do conhecimento do bem e do mal". Logicamente, Deus sabia que eles iriam desobedecer e é por isto que acrescentou a penalidade:
"Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." [Gênesis 2:17; ênfase adicionada].
O resto, como se diz, é história. Eva foi enganada por Satanás e comeu do "fruto proibido", destarte colocando-se imediatamente em morte espiritual e iniciando o processo de morrer fisicamente. Ela cometeu o primeiro pecado praticado por um ser humano, e Adão logo seguiu o mesmo caminho (Satanás, não o homem, foi o originador do pecado por causa de sua rebelião contra Deus — veja Ezequiel 28:15). É interessante que a Bíblia nos diz que Adão não foi enganado e pecou de forma deliberada, por que quis [1 Timóteo 2:14]. Acredito que ele amava Eva e a seguiu na desobediência para evitar a separação. No entanto, independente das razões específicas para o pecado deles, imediatamente descobriram que eram criaturas caídas — mortais e nus com uma perspectiva de vida totalmente diferente dali para frente. Da perfeição, desceram à total depravação em que todos os aspectos de seu ser foram manchados pelo pecado. Essa mudança monumental é evidenciada pela tentativa deles de cobrirem sua nudez com folhas de figueira e se esconderem de Deus [Gênesis 3:7-8]. Desde então, o homem pecador tenta se esconder de Deus!
O fato da depravação humana é resumido pelo apóstolo Paulo nos seguintes versos:
"Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só." [Romanos 3:10-12].
Para aqueles que desejam saber o que a Palavra de Deus diz sobre o assunto da depravação humana, eis uma relação de versos:
Gênesis 6:5-7,11-13; Gênesis 8:21; 2 Crônicas 6:36; Jó 4:17-19; Jó 9:2-3,20,29-31; Jó 11:12; Jó 14:4; Jó 15:14-16; Jó 25:4-6; Salmos 5:9; Salmos 14:1-3; Salmos 51:5; Salmos 53:1-3; Salmos 58:1-5; Salmos 94:11; Salmos 130:3; Salmos 143:2; Provérbios 10:20; Provérbios 20:6,9; Provérbios 21:8; Eclesiastes 7:20,29; Eclesiastes 8:11; Eclesiastes 9:3; Isaías 1:5-6; Isaías 48:8; Isaías 53:6; Isaías 55:6-7; Isaías 64:6; Jeremias 2:22,29; Jeremias 6:7; Jeremias 13:23; Jeremias 16:12; Jeremias 17:9-10; Ezequiel 36:25-26; Oséias 6:7; Oséias 14:9; Miquéias 7:2-4; Mateus 7:17; Mateus 12:34-35; Mateus 15:19; Marcos 7:21-23; Lucas 1:79; João 1:10-11; João 3:19; João 8:23; João 14:17; Atos 8:23; Romanos 2:1; Romanos 3:9-19; Romanos 3:23; Romanos 5:6; Romanos 5:12-14; Romanos 6:6,17,19-20; Romanos 7:5,11-25; Romanos 8:5-8,13; Romanos 11:32; 1 Coríntios 2:14; 1 Coríntios 3:3; 1 Coríntios 5:9-10; 2 Coríntios 3:4-5; 2 Coríntios 5:14; Gálatas 3:10-11,22; Gálatas 5:17-21; Efésios. 2:1-3,11-12; Efésios. 4:17-19,22; Efésios. 5:8; Colossenses 1:13,21; Colossenses 2:13; Colossenses 3:5,7; 2 Timóteo 2:26; Tito 3:3; Tiago 3:2; 1 Pedro 1:18; 1 Pedro 2:9,25; 1 João 1:8-10; 1 João 2:16; 1 João 3:10; 1 João 5:19; Apocalipse 3:17.
Assim, descobrimos que o homem, no estado não-regenerado, está na pior situação espiritual possível. Ele está morto em ofensas e pecados [Efésios 2:1], é um escravo de Satanás [Efésios 2:2], não pode compreender aquilo que se discerne espiritualmente — a Bíblia [1 Coríntios 2:14], e não busca a Deus [Romanos 3:11]. Para que o homem seja salvo dessa situação, o próprio Deus precisa tomar a iniciativa — exatamente como fez no jardim do Éden, quando foi atrás de Adão e Eva.
No entanto, vamos avançar e discutir o pecado com relação à vida cristã. A regeneração remove a pecaminosidade do coração humano? O quanto eu gostaria que isso fosse verdade, mas não é! Nossa posição de estar "em Cristo" e justificados diante de Deus significa que nossa dívida total pelo pecado (passado, presente e futuro) está cancelada e estamos declarados como totais inocentes à vista de Deus. Mas isso está falando da nossa posição em Cristo, não na nossa condição prática — não da dura realidade da vida diária. Nossa posição como filhos de Deus está definida para sempre nos céus, mas nosso estado diário varia em proporção direta com o nível de cooperação que demonstramos à liderança do Espírito Santo. Uma vez que somos regenerados espiritualmente, o processo vitalício de santificação tem início. Ser santificado, ou santo, significa estar separado para o serviço de Deus e isso não ocorre da noite para o dia. Na verdade, haverá uma grande mudança na vida de uma pessoa após ela se converter e receber o Espírito Santo — mas a verdadeira santidade e perfeição nesta vida é o objetivo inatingível para o qual precisamos nos esforçar. Cristo é nosso padrão e somos exortados a imitá-Lo, mas é claro que compreendemos que alcançar Sua divina perfeição é impossível aqui na Terra. Não somos e nem podemos estar sem pecado (embora Deus nos veja assim, posicionalmente), de modo que precisamos nos esforçar com todas as fibras do nosso ser para procurar acertar o alvo e cruzar a linha de chegada) para obter o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus [Filipenses 3:14], como fez o apóstolo Paulo. O galardão celestial, e não a salvação, é o "prêmio" que precisamos nos esforçar para conquistar em nossa caminhada diária com o Senhor neste mundo.
Entretanto, algumas almas sinceras insistem que a Bíblia ensina a possibilidade de atingir um estágio de perfeição sem pecado, com base em grande parte nas seguintes palavras do apóstolo em 1 João 3:9:
"Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus." [1 João 3:9].
Entretanto, isso não significa que um cristão nunca peca! Para reforçar isso, chamo sua atenção para o que João diz no verso 8 do capítulo 1 (referido anteriormente) — "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos." Alguns podem tentar argumentar que João estava escrevendo para incrédulos, mas isso não cola, pois toda a epístola de 1 João foi escrita para os crentes, "os filhinhos" — como vemos no verso 1 do capítulo 2. O verso 4 do capítulo 1 diz "estas coisas vos escrevo para que não pequeis..." — referindo-se aos crentes, ou "filhinhos", como João afeiçoadamente refere-se a eles depois. Essa posição é explicada por W. E. Wine em seu Expository Dictionary of New Testament Words, pág. 211, sob o título de "Commit, Commission", #2 Poieo, "Nota: Em 1 João 3:4,8,9, a Versão Autorizada erroneamente traz "comete" (um significado impossível no verso 8); a Versão Revisada corretamente tem "pratica", isto é, um hábito contínuo, equivalente a prasso. O que está em vista aqui é uma ação contínua, não uma ação eventual.".
Este princípio é validado pela própria experiência de Paulo, que encontramos em Romanos 7:14-25:
"Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado." [Romanos 7:14-25; ênfase adicionada].
Esse lamento do apóstolo Paulo não é verdadeiro na sua própria vida, leitor? Certamente é na minha! Sou um cristão nascido de novo, lavado no sangue do Cordeiro de Deus e o Espírito Santo me assegura que sou um filho de Deus — mas ainda experimento a realidade do pecado diariamente! Quando nasci de novo, recebi uma nova natureza, uma natureza espiritual, mas minha carne, a natureza pecaminosa depravada que herdei de Adão, não foi destruída. Muito pelo contrário, ela está bem viva e levanta sua horrenda cabeça continuamente! Por meio da oração e com a ajuda do Espírito Santo, posso agora (e espero continuar a) pecar muito menos do que pecava antes de receber a Cristo. No entanto, isso ainda está longe da perfeição. Para aqueles que ainda insistem que a perfeição seja possível, quero lembrar que não existem apenas os pecados que cometemos, mas pecados de omissão — coisas que deveríamos fazer, mas não fazemos. O padrão de Deus de perfeição e Sua vontade para nossas vidas incluem muitos aspectos sobre os quais precisamos orar e pedir orientação. É somente remotamente concebível para você que devemos discernir todos e executá-los ao pé da letra? Deixar de perceber e cumprir com as obrigações é pecado — o pecado da omissão. Ó, meus amigos, não podem ver que somos pecadores, tanto por natureza quanto por prática? O Espírito Santo, falando por meio de profeta Isaías deixa isso bem claro com a seguinte declaração:
"Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam." [Isaías 64:6].
Deus deseja que reconheçamos nossa excessiva pecaminosidade e, ao fazermos isso, também reconheçamos a extraordinária grandeza da Sua graça, que perdoa o pecado. Posicionalmente, estamos justificados à Sua vista e nossa situação é absolutamente perfeita em todos os sentidos — um lar eterno nos céus está garantido para nós. No entanto, o nível de recompensa recebido uma vez que chegarmos lá será determinado pela forma como batalhamos contra o mundo, a carne e o maligno. [1 Coríntios 3:8-15].
Devemos encarar o pecado com leviandade já que está perdoado? Não, nunca! Tenha em mente que o pecado somente está perdoado com relação ao nosso destino eterno. Cada pecado que cometemos como filhos de Deus é inescapável, pois Ele conhece cada detalhe de nossas vidas e, sem falha alguma, nos punirá da forma apropriada. Quando éramos crianças, conseguíamos evitar a punição dos nossos pais por que eles não tomavam conhecimento de todas as nossas infrações, mas tal nunca é o caso com Deus! Pode ter certeza que Ele vai disciplinar apropriadamente aqueles a quem ama [Números 32:23 e Hebreus 12:6]. Portanto, se você é um autêntico filho de Deus, não precisa mais ficar aterrorizado com a possibilidade de perder a salvação. Transfira esse pavor à possibilidade de ser corrigido pelo seu amoroso Pai Celestial! Os esforços para ser bom não comprarão para você absolutamente nada com relação à salvação, mas ajudarão a evitar a mão corretiva de Deus. Anos atrás, as pessoas referiam-se aos cristãos como "homens e mulheres que temem a Deus" e todos nós compreendíamos a base para essa expressão. Eu temia meu pai, porque se minha mãe contasse para ele minhas travessuras, meu traseiro ficava definitivamente em risco! Esse tipo de temor é necessário e benéfico, pois tende a nos manter no "caminho estreito e apertado". [Mateus 7:14].


Se você recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos. Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.
Autor: Pr. Ron Riffe
Patrocinado por: V. H. P. — Rio Grande do Sul
Revisão: V. D. M. — Campo Grande / MS e http://www.textoexato.com/
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/p191.asp