sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O poder da Aliança para Deus. Parte 1

Os gibeonitas são vingados (2Sm 21.1-14)

A Paz de Cristo.
Pr. Alexandre Barroqueiro

Os gibeonitas viviam na Terra Prometida, muito tempo antes do período da conquista. Quando Israel atacou a Palestina, os gibeonitas enganaram os israelitas, e Josué propôs um acordo de paz com eles, impedindo legalmente Israel de fazer algum mal a eles (Js 9.14,15). Quando os israelitas descobriram o ardil, era tarde demais (Js 16-18). Então, os gibeonitas foram deixados vivos e passaram a servir em regime de escravidão “como lenhadores e carregadores de água”, para servir a comunidade de Israel e o altar de Deus (Js 9.20,21).
Apesar de não haver nenhum registro bíblico de como isso aconteceu, Saul e a sua família incitaram Israel contra os gibeonitas, levando muitos deles à morte. Por causa desse genocídio, o Senhor enviou o juízo, na forma de três anos de fome que assolou a Palestina nos dias de Davi (21.1,2).
Para reparar esse erro e aplacar a justa ira do Senhor contra Israel, Davi propôs um acordo com os gibeonitas, estes exigiram que sete descendentes de Saul fossem mortos. Após a execução do julgamento, as chuvas voltaram (v. 10) e Davi soube que Deus voltaria a responder as orações em favor da terra de Israel (v. 14).

Vamos ver outro ponto de vista deste estudo para complementar um entendimento


Vamos responder por partes. A comparação entre os versos 1 e 14 mostra que a razão da fome era indicar a Davi e ao povo de Israel que havia erro a ser sanado. Embora a Bíblia não mencione o fato em nenhum outro lugar, os versos 1 e 2 deixam claro que Saul havia promovido uma destruição dos gibeonitas. Com isso, quebrara uma aliança feita 400 anos antes, pois, no tempo de Josué, fora celebrado um acordo pelo qual os gibeonitas tinham direito de morar com o povo de Israel, desde que se submetessem aos trabalhos braçais. Ver Josué 9:3 a 27. Como Saul moveu a perseguição através do povo de Israel, a punição caiu sobre Davi e todo o povo. Curioso é que, no verso 1, Davi consultou o Senhor Deus para saber o motivo da punição, mas, no verso 3, Davi consultou os gibeonitas e não o Senhor para saber como conseguir o perdão. Talvez, se Davi tivesse dado chance, Deus teria resolvido a questão sem o enforcamento de sete judeus. O verso 4 dá a entender que não somente os israelitas haviam matado gibeonitas como haviam saqueado seus bens; mas, os gibeonitas não faziam questão do ressarcimento material, nem queriam matar outros judeus, apenas os descendentes diretos de Saul. Ao optarem pela pena de enforcamento, os gibeonitas decidiram fazer algo semelhante ao ocorrido em Números 25:4, quando a praga parou, após o suplício de alguns israelitas. Mas, a situação aqui era outra. A frase do verso 14: “Depois disto Deus Se tornou favorável para com a terra”, não significa que Davi seguiu o plano de Deus para a solução do problema; mas, simplesmente, Deus aceitou a sinceridade e a prontidão da parte de Davi.
Ou seja Davi detectou um erro dos israelitas através de Deus e tomou uma decisão para refazer a aliança, e como a aliança foi quebrada pelos israelitas e não pelos gibeonitas, justo que os mesmos fizessem as exigências para que a Aliança fosse refeita.

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